Cronica e arte
CRONICA E ARTE CNPJ nº 21.896.431/0001-58 NIRE: 35-8-1391912-5 email cronicaearte@cronicaearte.com
Rua São João 869, 14882-010 Jaboticabal SP
O BRASIL AS CRISES POLITICAS
Jaboticabal, 29 de dezembro de 2020
Era preciso a Moisés, ter
o povo de Israel no
Egito, escravo e oprimido
dos egípcios, a fim de
que, para se livrarem da
escravidão estivessem
propensos a segui-lo.
Esta frase nos
encontramos em O
Príncipe de Maquiavel Analisa quais os motivos que
fazem com que uma população siga um governante, ou
aceite ser governada por ele.
Porque citar esse raciocínio político no início deste artigo?
Oras estamos vendo, desde o início da pandemia
governadores, ministros do Supremo Tribunal Federal e o
Presidente da República travarem batalhas em torno da
pandemia.
Nessa questão especificamente Jair Bolsonaro e seu
opositor João Dória, tentam de todas as maneiras
capitalizar a necessidade do povo de ter saúde, para se
firmarem como governantes que o povo veja como
necessários para tirá-los da situação que a epidemia vem
causando.
Portanto por mais que os seguidores de Bolsonaro achem
que ele faz isso em prol do Povo, o trabalho de Bolsonaro
é principalmente para se firmar como líder para manter-
se no poder. O mesmo acontece com João Dória, que
procura de todas as maneiras dizer que ele será a
solução para tirar o povo da epidemia e assim se firmar
ele, João Dória o grande líder para dirigir o povo.
Essa estratégia foi usada por Napoleão Bonaparte
quando vendo o povo em dificuldade, após a revolução
francesa, saiu do Egito onde estava e voltou até a França
com o intuito de tomar o poder, se mostrando ao povo
francês, que ele supriria a necessidade que o povo tinha,
de acabar com o período do terror,
O período do terror se
seguiu à criação do
tribunal revolucionário
onde quem era contra ou
falava contra qualquer
coisa do governo francês,
era guilhotinado.
É lamentável ver como
infelizmente no Brasil se usa escancaradamente a
epidemia para se conseguir espaço político e domínio da
população. Contudo tanto Jair Bolsonaro quanto João
Dória e outros políticos que querem fazer, da epidemia,
um trampolim político, podem estar gerando uma
instabilidade que levará há um período incerto e sem
eleições.
O Brasil como qualquer nação, país, não vive sem um
governo e caso haja
um vazio de poder, por
causa de uma briga
imensa que se
desenha agora, por
causa da epidemia e
talvez depois, por
outro motivo que
venha a aparecer, pode
acontecer que alguém
com força e poder, não
necessariamente aliado de Bolsonaro ou João Dória, ou
outro governador de outros estados, vendo uma
oportunidade, tome o poder com a desculpa de consertar
a política.
Nós já tivemos vários precedentes no Brasil, o mais
recente e que muita gente não gosta de lembrar, foi o
movimento político-militar de 1964.
Desde a renúncia de Jânio, em 1961 precisamente em 25
de agosto de 1961, os políticos no Brasil começaram a
brincar de mandar, de um lado, o sucessor de Jânio
Quadros, o senhor João Goulart flertando com o PCB, de
outro lado ao UDN fazendo conchavos, para esvaziar o
poder de João Goulart.
De movimento em
movimento a crise foi
se acirrando até que
em março de 1964,
com João Goulart
cada vez mais
próximo do Partido
Comunista Brasileiro,
partido então ligado,
União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas decretou um pacote de reformas
que descontenta a sociedade por completo, elevando a
crise, e neste ponto o movimento o governadores e
militares tomou o poder, em 31 de Março daquele ano,
no vazio do poder criado pelas lutas políticas até então.
As eleições de 1966 de início tinham sido mantidas, e o
General Castelo Branco se comprometeu a dar posse a
quem vencesse as eleições e ele só cumpriria a o
restante do mandato de João Goulart.
Ocorre que a oposição não parou e o PCB da época
começou agir,
criando atentados
terroristas inclusive o
atentado de
Guararapes.
Foi então que as
eleições de 1966
foram anuladas e o
exército se organizou
para combater o
terrorismo que
atacava o pais. E na sequência com emendas
constitucionais e por fim o ai-5, os revolucionários
militares de 64 de linha mais dura tomaram o poder em
definitivo.
Lembremos aqui que os militares que tomaram o poder
neste período não eram do grupo de João Goulart, que
tinha parte do exército na mão, mas foi retirado do
poder.
Muitas vezes eu vejo jornalistas batendo na porta de
militares para saber
qual o perigo que
existe de uma
instabilidade criar o
cenário de 1964. Na
realidade Esta é uma
pergunta infantil de
todos os jornalistas que fazem, pois o cenário que leva a
uma mudança como em 1964 não dá aviso prévio, e
como o próprio Napoleão Bonaparte fez ao tomar a
França, quem vai tomar o poder fala exatamente que
não vai tomar o poder e que está apenas para ajudar.
Portanto se nós queremos manter o Brasil em uma linha
onde não haja intervenções militares, ou aparecimento
de líderes que se façam de “Salvador da Pátria”, nós
devemos agir como pessoas adultas e parar de brigar
com a histeria que se está brigando agora.
Com a histeria que está e a instabilidade que estão
criando é bem possível o
aparecimento de um líder que resolva
essa instabilidade. Por mais que
perguntem se não há perigo de
ruptura institucional, o perigo sempre
existe e é provocado exatamente pela
briga inconsequente por política que
se faz no dia a dia.
A política exige homens sérios, que
saibam o que estão fazendo, que não
saiam gritando como se vê hoje no Brasil.
É melhor que o brasileiro ponha a cabeça no lugar,
quando trata de política e trabalhe de modo sério, sem
ataques gritos e histeria, sob pena de cair mais uma vez
na mão de um Salvador da Pátria.
fotos: facebook do autor dominio público
e EBC foto 1 militares na central do Brasil
em 1964; foto2 quadro da revolução
Feancesa; foro3 quadro de Machiavelli;
foto4 Gen Muricy e Magalhaes Pinro; foto
5 Joao Goulart comicio central do Brasil
24 março de 1964 foto 6 Javio Quadros
dia da Renuncia, 25 de agosto de 1961
Mentore Conti Mtb 0080415 SP
Para ler em Smartphones gire seu aparelho na
horizontal
Cronica e arte